Segunda-feira de Merda (dessa vez, não dá pra dizer que foi apenas ‘de nada’)!
Quando você pensa que já viu tudo, acontece algo novo!, já me disseram um dia. Ou então, aquela velha frase que um dia a Beta escreveu num cassete com músicas do Titãs que ela gravou pra mim há muitos anos atrás: “nem sempre ganhando, nem sempre perdendo. Vivendo e aprendendo.”, e que mais tarde, me complementaram (não sei quem disse isso a mim pela primeira vez): “...vivendo e se fudendo!”
Ok, eu realmente creio que tudo sempre serve mais como um aprendizado do que como uma fudição, mas não dá pra deixar de dizer "puta que o pariu! Que porra de bando de filho da puta que eu fui acreditar! Me fudi!”.
As interrogações aqui na minha cabeça ainda são muitas desde ontem, imagino na sua, senhor dos meus atuais pensamentos [e intensa torcida!]!
Eu vivo ouvindo dos meus pais que ainda tenho muita coisa a aprender, e às vezes acho que eles estão falando demais! A gente sempre acha mesmo (algumas vezes com razão, lá é verdade!)! E tem algumas coisas que eu realmente achei que soubesse direitinho o que são, e caramba!, que chapuletada eu levei! Minhas definições para falsidade, falta de caráter, traição, hipocrisia eram muito limitadas até ontem. Definição de criança que se sentiu traída porque o coleguinha da fila do lado ontem resolveu sentar perto da coleguinha da fila do canto só pra ver o estojo novo de lápis de cor que ela trouxe para a escola. Bleh!
Esses sentimentos são muito mais complexos e perigosos do que eu podia imaginar. E incrivelmente, eles são capazes de caber no ser humano e eu fico aqui me perguntando o que Deus quis dizer quando nos ‘ensinou’ que todos são feitos à sua imagem e semelhança! Puta merda! Até onde?!
De ontem para hoje não mudou em nada o meu pavor pelos animais irracionais, mas eu começo a entender porque algumas pessoas dizem que o cachorro é o amigo mais fiel (meus bons, lindos e fiéis amigos que não levem isso ao pé da letra!). Mas afinal de contas, quem é o animal racional e irracional mesmo?! Daqui a pouco, os professores de Ciências (essa matéria ainda existe ou já mudou de nome?!) vão ter que ensinar para os seus alunos diferente do que eu aprendi no meu primário sobre esse assunto, porque a maldade do animal homem está indo além do que eu sou capaz de compreender. E muito além do que eu tenho forças para suportar!
Minha cabeça fica remoendo os acontecimentos, as palavras usadas, o seu rosto perdido enquanto todos tentavam entender. Lembro de cada minuto dedicado (seu e nosso!), de cada riso, de cada esforço. Lembro do orgulho e dos sorrisos dentro do carro parados na Curva da Jurema ouvindo um quase cd. Lembro dos tapinhas nas costas e o chamado de ‘irmão’. Não durmo. Olho para o tempo. Outras interrogações. Outras lembranças. Vontade de bater na porta ao lado para saber se está tudo bem. Lembro que preciso apagar alguns números de telefone no meu celular para não ser precipitada ao ponto de ser ridícula! Viro. Reviro. Não durmo e vou mais longe e lembro do teu sorriso na Serra há um tempo atrás ao contar a grande notícia! E lembro dos sorrisos de todas as pessoas no ‘salão’ para você. De toda a sua atenção para com cada uma delas. Lembro da sua infinita simpatia e capacidade de conquistar as pessoas, sejam homens ou mulheres, velhos ou crianças. Lembro da luz que existe nesse seu sorriso torto. Lembro do guri de 10 anos metidinho e que tinha um acervo de instrumentos musicais naquele quarto lindo, e que anos depois, tinha um ou outro instrumento num cafofo mas que carregava o mesmo amor por aquilo tudo! Parece que as coisas começam a clarear na minha cabeça e mesmo sem as respostas de quem deveria ser menos covarde e falar, começo a entender tudo tim tim por tim tim.
E foi aí que aprendi que essa inveja que às vezes digo ter, é, na verdade, bobeira de menina! Não que inveja seja boa de maneira nenhuma! Mas é achar o máximo uma pessoa ter adquirido certa coisa, mas não desejar tirar isso dela e nem me incomodar de dividir o mesmo espaço com ela por medo de sumir ante tanta luz.
Fosse assim, VOCÊ não faria parte do meu convívio. Ao contrário, eu prefiro continuar batendo palmas pra você, aprendendo um pouco desse seu descompromisso responsável de viver... Mas, infelizmente, algumas pessoas não estão preparadas para isso. Humildade não é dom de muitos. E quando não se é humilde para reconhecer que uma pessoa tem luz própria e que você ainda precisa encontrar o seu interruptor (todo mundo tem um, mas que às vezes, as maiorias das vezes, não sabem onde está para ligar) o jeito é baixar a cabeça, se acovardar, falar entre os dentes e dar um jeito de apertar o botão no interruptor e [tentar] apagar a luz da pessoa.
Só que para esses que ainda não aprenderam o que é humildade, amizade, o verdadeiro significado da palavra ‘irmão’, ainda é mais difícil aprender que após algum momento de escuridão tentando entender as coisas e colocando cada mobília no lugar após ter tropeçado em alguma delas por causa da escuridão, alguém vai passar (ou nós mesmos!) e apertar o botão do interruptor novamente! E [novamente] faz-se luz! Como deve ser.
É possível que pessoas se pasmem com a sua capacidade de dar a volta por cima, é muito possível que queiram tirar tua luz novamente (pessoas felizes e de bem com a vida causam esse ‘estranhamento’ nos outros), mas há uma certeza de que seremos vencedores sempre. Porque parece história de conto de fadas e há muito já deixei de acreditar nelas, mas eu realmente acredito na força das pessoas boas! E no poder delas de, no final, vencerem e serem felizes. Se não para sempre até quando deixarem. E aí, a gente cai e levanta de novo. E chora. E é feliz. E luta. Vence. Comemora. Faz amigos de verdade. Gasta uma nota para comer um sushi e fica devendo o resto do mês. Tira onda de café da manhã no museu ferroviário (e finge que não ta com muita fome e come só um pão de queijo! Rs.). Se recusa a pedir um simples sorvetinho em um dia e pede mesmo petit-gateu (que eu esqueci completamente como é que se escreve!) que é bom, e no outro dia almoça coxinha com um copo de água. Faz amizades com as crianças e passa a ser chamado de tio sem se incomodar com isso. Faz as viagens mais incríveis após ter feito loucuras para que a viagem acontecesse. E enquanto se vive, a pergunta fica no ar: “cadê o pequeno tolo invejoso, bicho?!”. Ele ta lá, no seu mundinho medíocre, querendo aparecer e não acha o interruptor para [se] acender, porque consegue enxergar melhor o botãozinho para apertar e ‘apagar’ as pessoas. E acha que isso é vida! Mesmo sabendo que vive atrás de mentiras e aparências e que nunca terá o que você tem. E continua na sua pequenez. Porque não adianta ser muito bom em alguma coisa se não se é bom para o mundo e para as pessoas!
Por ora, lágrimas, coração apertado, uma mágoa, raiva, descrença. É momento de respirar fundo e se [re]organizar, descer aos poucos e encontrar o chão novamente. Pisar firme e [re]começar a andar. Um passo após o outro. Caminhar de encontro a tudo de bom que te espera. Outras pessoas virão, algumas para alegrar o teu caminho e bater palmas enquanto você passa, outras com sorrisos amarelos (que só descobrimos ser amarelos após um tempo). Infelizmente, essa não foi a última vez que te desapontaram. O que nos faz andar e dar a cara pra bater é a certeza de que trilhamos o caminho do bem e temos com quem contar e que algo de maravilhoso nos espera (Porra! Tem que ta esperando, né?!). E do lado de cá, da nossa maneira torta, encontre o seu (um dos!) porto seguro!
Um tanto ausente, mal humorada e dispersa algumas vezes, mas sempre te amando! Sou sua fã!
Eu, preocupado e dolorido badulaque, porque a maldade feita aos meus dói em cada nervo em mim.
No entanto, ainda eu. Ainda badulaque, mas confiante e fanático badulaque!
Alguns grandes PS’s:
1.
E nessas minhas andanças na net, achei um texto que pode dar algumas respostas que a gente procura:
“(...) Quando vemos alguém fazendo sucesso na vida, é normal pensarmos que gostaríamos de estar lá, fazendo sucesso também... é o desejo normal de todos. O normal é compartilharmos com esse sucesso, é ficarmos satisfeitos ao ver que pessoas que lutaram por seus objetivos conseguirem "chegar lá". É saudável sentirmos aquela pontinha de inveja, pois é inerente do ser humano o desejo do sucesso. Contudo, o normal é sentir essa pontinha de inveja, sim. Só que não deixamos de aplaudir aquele que venceu. Reconhecemos seu mérito e o que nos cabe fazer é aprimorar ainda mais nosso trabalho para alcançar o mesmo êxito. Essa é a inveja saudável. A vontade de conseguir sucesso, sem destruir o sucesso alheio. Por outro lado, existe aquela inveja perigosa, destrutiva. Pessoas de sentimentos mesquinhos, que não suportam ver quem quer que seja subir na vida. Fazem acusações descabidas, procuram denegrir o sucesso alheio, atribuindo-o a qualquer coisa, menos à capacidade de quem conseguiu o êxito. É lamentável. Pessoas assim arquitetam vinganças mesquinhas, procuram denegrir a imagem dessa pessoa, procurando atribuir seu êxito a fatos obscuros, a tramóias, e nunca aceitando que o sucesso realmente se deve à competência de quem soube fazer bem seu trabalho e justamente por isso "chegou lá". Esquecem-se de que o tempo que estão perdendo nessa sua preocupação nociva, estaria sendo muito mais bem empregado com sua própria carreira, procurando aprimorar a execução de seu trabalho e, melhorando seu desempenho, alcançar a mesma posição que sua "vítima". (...) aconselho a pessoas que se enquadrem nesse contexto. Que ao invés de se preocupar com o êxito alheio, que vão à luta, que procurem trabalhar mais e melhor, para assim conseguirem o mesmo sucesso.”
2.
Ouso dizer que ainda, não que confessos, mas em nosso silêncio agradeceremos aos céus por isso tudo. A eles, o arrependimento!
3.
Descobri, também, que tenho minha porção ‘pequena’. Aquela que continua dizendo: “eu quero que vocês se fodam. E que se fodam bonito!”. Ufa! Só assim para aliviar um pouco aqui dentro!
4.
Ainda nas andanças da net, um texto de Flávio Gikovate com o interessante (?!?!) título de “Nossas Qualidades Atraem Hostilidade”.
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=4651
1 Comments:
At sexta-feira, janeiro 12, 2007,
Anônimo said…
Atendeu.
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